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Memória afetiva em forma de retalhos…
Perdi minha avó muito cedo. Eu tinha apenas 4 anos. Ela como toda vózinha, era doce, delicada e me mimava muito. Tinha uma máquina, mas não tenho memória dela costurando. Mas me lembro perfeitamente de que quando ela morreu, eu me apossei de um roupão de flanela, lindo, todo florido. Quando eu estava triste, ou quando a minha mãe brigava comigo, eu deitava e me enrolava nesse roupão. Essa peça depois se transformou em uma saia – e eu já deveria ter uns dez anos. Nem imaginava, mas já tinha a memória afetiva em forma de retalhos. Lamento muito o fato de não ter nenhum pedaço dele para colocar em…
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Uma relação de afeto com o tecido
Conversar com a Myrian Melo realmente é uma inspiração, ainda mais para quem está ingressando nesse universo do patchwork. São pessoas como ela que nos fazem querer aprender mais e acreditar nesse mercado tão promissor. Como muitas de nós, Myrian se interessou pelo patchwork graças as lembranças de sua mãe costurando. A sua formação em Belas artes também contribuiu para aliar a costura com o planejamento e a estética. “O tecido estava sempre envolvido na minha história”, conta. Quando ela começou no patchwork não existia tantas fontes de informações e profissionais oferecendo cursos. Era sempre um desafio aprender uma técnica nova. “Eu conheci o patchwork com a mãe de uma…