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Memória afetiva em forma de retalhos…
Perdi minha avó muito cedo. Eu tinha apenas 4 anos. Ela como toda vózinha, era doce, delicada e me mimava muito. Tinha uma máquina, mas não tenho memória dela costurando. Mas me lembro perfeitamente de que quando ela morreu, eu me apossei de um roupão de flanela, lindo, todo florido. Quando eu estava triste, ou quando a minha mãe brigava comigo, eu deitava e me enrolava nesse roupão. Essa peça depois se transformou em uma saia – e eu já deveria ter uns dez anos. Nem imaginava, mas já tinha a memória afetiva em forma de retalhos. Lamento muito o fato de não ter nenhum pedaço dele para colocar em…
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Terapia do Unir
Uma coisa tenho certeza: “O universo conspira ao nosso favor”. Há 20 anos atrás, quando eu entrei pela primeira vez nesse universo mágico dos retalhos, uma das primeiras coisas que eu fiz foi pesquisar a respeito do Patchwork. Descobri naquele época que essa arte milenar de unir pedaços de formas diferentes, aparecia desde a história egípcia, e que existia uma cultura muito forte desse executar nos Estados Unidos, Austrália e Inglaterra. Um dos primeiros eventos que eu verifiquei foi o de Houston, que agora tenho a chance de visitar.
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Naninhas, o acalento com retalhos
Aos quinze anos fui ser voluntária em um Hospital Municipal de Santo André. Eu e a minha irmã Marisa Canova. Foram quase dois anos de doação, feito por duas adolescentes de 14 anos. Isso nos fez ver a vida de outra forma. A Canova inclusive fez faculdade de Enfermagem por conta disso. Muito se aprende quando se doa. Tenho 54 anos e dois filhos: Ramon tem 30 anos e Sophia tem 11 anos. Por quê eu menciono isso? Porque eu já estive em um hospital, esperando por um milagre e agradecendo por cada pessoa que conversou comigo, cada carinho recebido, cada atenção dada a minha pequena garota. O lugar deixa…